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segunda-feira, 8 de julho de 2024

JS News - CASO DAS JOIAS: Ao STF, PF diz que venda ilegal de joias foi para o patrimônio de Bolsonaro e que ele tinha conhecimento de leilão

A Polícia Federal, em inquérito enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), disse que o dinheiro das joias sauditas, vendidas ilegalmente por auxiliares de Jair Bolsonaro, entrou para o patrimônio do ex-presidente e que ele tinha conhecimento de leilão para vender os itens.

A conclusão da PF está no inquérito sobre as joias sauditas, dadas de presente pelo governo da Arábia Saudita ao governo brasileiro durante a gestão Bolsonaro. Os conjuntos de joias milionárias deveriam ter ido para o patrimônio do Estado, mas não foi isso que aconteceu, segundo a PF, tendo ido parar no patrimônio pessoal do ex-presidente.

Nesse inquérito, Bolsonaro foi indiciado por 3 crimes: peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Cabe agora à Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir se há elementos suficientes para oferecer denúncia ao STF.

De acordo com o material da PF:

▶️Bolsonaro recebeu dinheiro das joias

▶️O dinheiro pode ter sido usado, entre outras coisas, para gastos nos EU

▶️Bolsonaro determinou que seus auxiliares negociassem as joias

▶️Bolsonaro sabia que haveria um leilão das joias

Patrimônio pessoal
No relatório ao STF, a PF escreve:

"Identificou-se, ainda, que os valores obtidos dessas vendas eram convertidos em dinheiro em espécie e ingressavam no patrimônio pessoal do ex-presidente da República, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores", afirmou a PF.

Custeios de despesas nos EUA
Em seguida, a polícia diz como esse dinheiro pode ter sido usado por Bolsonaro e família nos Estados Unidos. Bolsonaro viajou para os Estados Unidos no fim de dezembro, antes de passar a faixa presidencial para o presidente Lula. Ficou lá por três meses, até março de 2023.

"Tal fato indica a possibilidade de que os proventos obtidos por meio da venda ilícita das joias desviadas do acervo público brasileiro, que, após os atos de lavagem especificados, retornaram, em espécie, para o patrimônio do ex-presidente, possam ter sido utilizados para custear as despesas em dólar de Jair Bolsonaro e sua família, enquanto permaneceram em solo norte-americano", completou a PF.

"A utilização de dinheiro em espécie para pagamento de despesas cotidianas é uma das formas mais usuais para reintegrar o 'dinheiro sujo' à economia formal, com aparência lícita", completou a PF.

Ordens partiram de Bolsonaro
Ainda segundo a PF, as ordens para a venda das joias partiram diretamente de Bolsonaro para seus auxiliares. É o que a polícia conclui a partir de depoimento de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e braço direito de Bolsonaro, e Osmar Crivelatti, ex-auxiliar do presidente.

"As declarações prestadas por Osmar Crivelatti, Mauro Cesar Lourena Cid e pelo colaborador Mauro Cesar Barbosa Cid corroboram os demais elementos de prova colhidos demonstrando, de forma inequívoca, que as esculturas douradas de um barco e uma palmeira, presentes entregues por autoridades estrangeiras, ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro, foram intencionalmente, subtraídas do acervo público brasileiro, por determinação do ex-presidente, para serem vendidas ilegalmente nos Estados Unidos", escreve a polícia.

Mais informações sobre ordens do ex-presidente
O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Osmar Crivelatti, afirmou que ele e Mauro Cid deram ordens para retirada de kits de joias do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH) do Planalto.

Além disso, ele afirmou que um dos relógios recebidos de presente, de marca Patek Philippe, sequer chegou a ser registrado no sistema de bens do acervo privado do ex-presidente.

Crivelatti ainda falou que o kit de ouro rosê, que foi a leilão na casa de leilões Fortuna Auctions, em Nova Iorque, nos Estadso Unidos, foi entregue para o ex-presidente na casa onde estava vivendo, do ex-lutador José Aldo, em Kissimee, na Flórida.

G1

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