O policial militar detido na manhã desta terça-feira (30) durante a operação que prendeu oito suspeitos de envolvimento na morte da advogada Brenda Oliveira, de 26 anos e de um cliente dela, Janielson Nunes de Lima, de 25 anos, em janeiro deste ano, integra um grupo de extermínio que atuou no duplo-homicídio e foi responsável pelo fornecimento das armas usadas no crime.
As informações foram divulgadas pelo delegado Márcio Lemos, diretor da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Ainda de acordo com o delegado, o crime foi motivado por vingança e articulado por familiares e vaqueiros amigos de João Victor Bento da Costa, de 19 anos, assassinado a tiros no dia 28 de janeiro, durante uma vaquejada no Parque Maria Salete, em Santo Antônio.
Janielson Nunes de Lima, cliente de Brenda, era investigado pela polícia como autor do assassinato do vaqueiro João Victor. A motivação deste primeiro assassinato é apurada em outra investigação que segue em sigilo, segundo a polícia.
"Os familiares se articularam junto com outros vaqueiros e membros de uma organização criminosa que age na região de São José de Mipibu para vingar a morte de João Victor. Hoje conseguimos esclarecer a autoria e toda articulação. Foram presas oito pessoas que estavam no cenário do crime.
Os executores, quem planejou e quem forneceu o armamento. Infelizmente conseguimos constatar o que nós já estávamos mapeando há algum tempo, que é a participação de agente de segurança pública", afirmou o delegado."Nossa preocupação é que há um grupo de extermínio e as estatísticas apontam que atua naquela região ali, em rivalidade a uma facção local.
Hoje conseguimos comprovar um vasto material, apreender mais de 20 armas longas fornecidas por esse agente de segurança pública", complementou.De acordo com o delegado, ao saber da condução do suspeito à delegacia, os autores do crime se articularam e saíram de suas cidades - principalmente de São José de Mipibu - para irem até Santo Antônio.
Eles passaram o dia à espera de uma oportunidade para matar Janielson."O grupo já estava articulado há muito tempo, fazendo várias mortes lá, já tinham fornecedor de armamento, já tinham os executores, então foi fácil se articularem para esse crime", diz o delegado.
G1-RN
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