O problema nas máquinas afetou o funcionamento do hospital e o diagnóstico de pacientes no últimos dias. A direção do hospital informou que a empresa responsável pela manutenção dos aparelhos espera concluir o trabalho de reparação nesta segunda-feira (13).
Um dos pacientes que precisou do exame neste fim de semana foi Damião da Silva, de 80 anos, que sofreu um acidente de bicicleta na cidade de Campo Redondo e foi transferido para o Walfredo Gurgel, em Natal.
Com os equipamentos quebrados, ele precisou ser deslocado para o Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim, para realizar a tomografia.
"Ele foi atropelado por volta das 8 horas, e, na cidade que ele residia, foram prestados os primeiros socorros. Ele foi encaminhado para o Walfredo Gurgel. Lá, de imediato, quando nós chegamos, fomos bem atendidos, e foi solicitado o raio-x e a tomografia, já que ele teve pancada na cabeça", contou a nora Ariedna Lima.
Segundo ela, Damião teve uma fratura exposta nas costas, onde foi colocado um curativo enquanto ele aguardava os exames.
"Ele passou muito tempo na maca deitado. Por quê? Nós chegamos no Walfredo às 14 horas, mas nós só conseguimos bater a tomografia às 18 horas, depois de esperar bastante", contou.
Após retornar ao Walfredo Gurgel, o paciente não resistiu aos ferimentos e morreu - antes mesmo de entrar na sala de cirurgia. Segundo a família, ele teve múltiplas fraturas, incluindo em cinco costelas, na clavícula e no pé, e também perfuração no pulmão.
Um dos tomógrafos tem nove anos, enquanto o outro tem 15. Segundo a direção do hospital, os dois tomógrafos são responsáveis por mais de 4 mil exames de imagem por mês.
O tomógrafo com nove anos passa por manutenção e necessita de troca de peças importadas. O outro aparelho, mais antigo, chegou a voltar a funcionar nesta segunda-feira (13), mas apresentou novas falhas durante os testes.
Necessidade de novo aparelho
Segundo o diretor do hospital, Geraldo Neto, há uma necessidade de comprar de um novo equipamento, mas há um empecilho orçamentário para que isso ocorra.
"Quando a gente chegou aqui no Walfredo, a gente identificou, na verdade, a fragilidade que já existia na estrutura, voltada para essa parte do setor de tomografia, do setor de imagem. E aí, na verdade, já existe um termo de obsolescência de uma dessas máquinas e a gente pediu à empresa que faz manutenção preventiva e corretiva para estender um pouco mais, sabendo justamente das limitações de orçamento que o Estado tem. Não é novidade para ninguém a nossa dificuldade de orçamento", falou.
O orçamento para a compra de um equipamento novo e mais moderno já foi feito, mas o hospital aguarda o direcionamento de verba: cerca de R$ 2,5 milhões.
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Foto Reprodução Inter TV Cabugi |
"O Estado vive nessa situação delicada financeira, o que nos impediu de fazer uma aquisição de forma mais tempestiva, mas a direção, assim que enxergou a necessidade de fazer a substituição desses equipamentos, nós já disparamos processos de compra para que nós fizéssemos a aquisição de um equipamento maior, mais robusto", completou.
Segundo ele, o processo visa a compra de um equipamento com 64 canais - o atual tem 16. "Ele é um equipamento muito mais completo e que a gente com com certeza vai conseguir dar uma resposta muito mais rápida para fechar diagnóstico e realmente para tomar a decisão", explicou.
Não há previsão, no entanto, para que essa compra seja realizada.
G1-RN
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