Paulo lutava há anos contra vários problemas de saúde, entre eles um na coluna, e teve falência múltipla dos órgãos. Estava internado há cerca de cinco meses no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo (SP), no qual faleceu.
Em 16 de maio de 2024, um novo baque o acometeu ainda mais: a perda do amigo e parceiro de bancada por duas décadas no SportsCenter, da ESPN Brasil, Antero Greco, que morreu aos 69 anos após lutar bravamente contra um tumor no cérebro.
Naquele dia, depois de longo período, Paulo Soares voltou a estar ao vivo na TV ao participar do programa especial feito pela ESPN em homenagem a Antero. E emocionou-se ao falar de seu colega, sem perder o humor que lhe era peculiar e que marcou o sucesso da dupla à frente do SC. “Vamos dar risada, gente. A Glaucia abriu o programa chorando. Como eu posso falar alguma coisa agora?”, começou.
“Puxa vida, que textos lindos de homenagem. O André [Kfouri] fala que o Antero chegava atrasado. O Antero chegava sempre em cima da hora, em todas as situações. Era uma coisa irritante, tinha vontade de arrebentar ele (risos). Poxa vida, para quem gostava de chegar tão em cima da hora, para que sair tão cedo? Não era a hora ainda”, complementou.
Paulo Soares também apresentou por anos o Linha de Passe, outro programa histórico da ESPN, fez parte, na verdade, da formação inicial. E no SportsCenter virou, ao lado de Antero Greco, um fenômeno do jornalismo com leveza, com vários momentos de humor sempre na medida certa. Foram inúmeras as vezes em que ambos caíram na gargalhada e fizeram o público rir junto.
Paulo Soares deixa a mãe, Anna Maria, a companheira, Marlene, os irmãos, Marcelo e Roberto, e uma legião de amigos.
A cerimônia de despedida será na tarde desta segunda-feira no Funeral Home, no bairro da Bela Vista, em São Paulo.
Sempre como narrador, Paulo Soares começou a carreira cedo, aos 15 anos, na Rádio Clube de Araras, de Araras, no interior de São Paulo, ainda no início de 1978, e dali partiu para várias outras rádios do Brasil até chegar, em 1983, à Rádio Gazeta, na capital paulista. As Rádios Record, Gazeta, de novo, Globo, Bandeirantes e Estadão/ESPN vieram a seguir, em um longo período até 2012. Ser apresentador foi algo natural.
Na TV, a estreia foi na Gazeta, em 1983, a seguir, Record, Cultura e, em 1994, TVA Esportes, que foi o embrião da ESPN no Brasil, que começou em 1995. Desta casa, não saiu mais, embora tenha tido um período no SBT entre 1998 e 2003. Narrou de tudo no futebol, de amistosos e estaduais a campeonatos nacionais da Europa, passando por Champions League e, claro, várias Copas do Mundo.
ESPN Brasil
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