Ainda assim, a energia elétrica foi o principal item que ajudou a puxar a inflação para cima - segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em junho, energia elétrica residencial subiu 6,82% e provocou o maior impacto individual positivo no índice em junho: 0,26 ponto percentual (p.p.). E, considerando as últimas notícias do setor elétrico brasileiro, essa situação não apresenta sinais de melhora.
Isso porque a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu manter, pelo segundo mês consecutivo, o acionamento da bandeira vermelha, no patamar 1. Assim, a partir desta terça-feira (1º/7), as contas de energia elétrica continuam tendo cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 kW/h (quilowatt-hora) consumidos - como aconteceu em junho.
O anúncio foi feito na última sexta-feira (27/6). “A energia elétrica vem impactando o bolso desde maio, quando a bandeira tarifária passou a ser amarela. Em junho, além da bandeira tarifária vermelha patamar 1, houve também um ajuste na tarifa e isso ajudou a pesar mais no bolso”, explica Eduardo Antunes, gerente de pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis (Ipead), da UFMG.
O especialista se refere ao aumento de 7,36% nas contas de luz da Cemig, autorizado no dia 20 de maio pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Segundo a Aneel, a manutenção da bandeira vermelha se dá pela continuidade do cenário de chuvas abaixo da média em todo o país, reduzindo a geração de energia por hidrelétricas.
"Esse quadro tende a elevar os custos de geração de energia, devido à necessidade de acionamento de fontes mais onerosas para geração, como as usinas termelétricas", explicou a Agência.
O Tempo
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