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sábado, 21 de setembro de 2024

Blog JS News - MAIS UMA VÍTIMA! Ex-aluna diz ter sido apalpada por Silvio Almeida dentro de faculdade

Uma ex-aluna de Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos, afirmou à coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, que sofreu assédio sexual do então professor em 2017, quando estudava direito na Universidade São Judas, em São Paulo. Almeida foi demitido do governo neste mês, depois de a coluna revelar que o então ministro é alvo de denúncias de suposto assédio sexual, inclusive contra a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Inquéritos da Polícia Federal e do Ministério Público do Trabalho apuram as acusações.

A mulher deu entrevistas à coluna em duas ocasiões, na quinta-feira (19/9) e na sexta-feira (20/9), sob a condição de anonimato por temer retaliações. A ex-estudante enviou à coluna prints de conversas de 2022 nas quais abordou o episódio com outras pessoas. Também encaminhou conversas que manteve com Almeida no fim de 2016, quando o então professor de Filosofia do Direito passou a ser seu orientador em um projeto de iniciação científica, do qual ela disse ter desistido após o suposto assédio. Por causa da desistência, ela perdeu uma bolsa de estudos referente a 40% da mensalidade.

De acordo com a ex-aluna, o assédio sexual ocorreu no início de 2017, em um café dentro da faculdade à noite, período em que ela cursava direito. A ex-aluna e Almeida faziam uma reunião de trabalho sobre o projeto de iniciação científica, um ao lado do outro. O café estava cheio, segundo o relato.


“Eu e Silvio Almeida estávamos no café da São Judas, conversando sobre o projeto de iniciação científica, quando ele colocou as duas mãos nas minhas pernas, com vontade, e foi subindo o máximo que conseguiu, enquanto falava normalmente. Eu estava de saia. Me afastei, fiquei muito aflita. Fui embora, nem assisti à aula naquele dia e pensei em largar a faculdade”, afirmou a mulher em entrevista.

“Foi assédio sexual. Senti vergonha, me senti pequena, uma decepção enorme. Foi bem horrível”, disse, ressaltando que não houve consentimento para os toques.

E acrescentou: “Tenho muito medo do que poderia acontecer se estivéssemos em um ambiente fechado”.

O relato da ex-aluna referente a 2017 não é a primeira denúncia de suposto assédio sexual por parte de Silvio Almeida contra estudantes da São Judas. No último dia 16, a coluna mostrou que uma ex-aluna disse ter sido assediada por Almeida em 2007: “Ele me puxou e me beijou”. A repórter Laís Martins entrevistou outra ex-aluna, que relatou ter sofrido assédio em 2009, quando o então professor a telefonava e insistia para que tivessem um encontro. O repórter Matheus Leitão informou que estudantes alegaram que Almeida tentava obter favores sexuais em troca de melhorar a nota das alunas nas provas.

Segundo a ex-estudante, ela já havia sido alertada por uma amiga sobre os comportamentos inadequados de Silvio Almeida, especialmente quando o professor cumprimentava alunas. A mulher contou que, antes desse episódio no café, já havia estranhado um convite de Almeida para que fosse à casa dele, além de toques não consentidos.

“Em outras vezes, ele já havia encostado na minha perna, mas eu ficava na dúvida, se era sem querer, se ele estava gesticulando normalmente ou não. Como ele continuava falando normalmente durante esses toques, a gente se pergunta se a pessoa vê o que faz. Era uma conduta muito esquisita.”

Procurado, Silvio Almeida não respondeu. O espaço segue aberto a eventuais manifestações.

Procurada, a Universidade São Judas afirmou que apura os relatos de suposto assédio de Silvio Almeida, que deixou de ser professor na faculdade há cinco anos. Leia a íntegra do comunicado da São Judas:

“A Universidade São Judas reforça seu compromisso com a criação de um ambiente seguro, ético e respeitoso para todos os alunos e colaboradores, repudiando toda e qualquer atitude que possa caracterizar constrangimento, assédio ou violência. Importante destacar que, até o momento, a instituição não recebeu nenhuma denúncia ou relato formal de natureza semelhante aos mencionados, em seus canais oficiais, por isso, desconhecemos os fatos. Contudo, apesar de não haver qualquer relação jurídica com o ex-professor há cinco anos, a instituição está apurando internamente o tema e se coloca à disposição das autoridades competentes para contribuir com o que for necessário na apuração da verdade dos fatos.”

Metrópoles

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