O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou que haverá um "banho de sangue" na Venezuela caso ele não vença as eleições previstas para o dia 28 de julho.
"O destino da Venezuela no século 21 depende da nossa vitória em 28 de julho. Se não quiserem que a Venezuela caia em um banho de sangue, em uma guerra civil fratricida, produto dos fascistas, garantamos o maior êxito, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo", afirmou o presidente.A declaração foi feita durante um comício público na terça-feira (16), em Parroquia de la Vega, distrito na zona oeste de Caracas, capital do país.
Nesta quinta-feira (18), a opositora do atual presidente, María Corina Machado, afirmou que ela e sua equipe sofreram um atentado.
A corrida eleitoral venezuelana se desenrola sob tensão. Candidatos da oposição foram impedidos de concorrer à eleição pela Suprema Corte do país, que é controlada pela gestão de Maduro.
"Quanto mais contundente for a vitória, mais garantias de paz vamos ter", disse o governista, no mesmo discurso.
O atentado
María Corina afirmou que o governo de Nicolás Maduro atentou contra ela e sua equipe em Barquisimeto. Segundo ela, os freios dos carros da comitiva foram propositalmente danificados.
Em vídeo publicado no Instagram, ela explicou: "Nossos carros foram vandalizados e cortaram a mangueira dos freios. Agentes do regime nos seguiram desde Portuguesa e cercaram a urbanização onde pernoitamos. É claramente um ataque às vidas daqueles que utilizam esses veículos".O governo Maduro não se manifestou a respeito da denúncia até a última atualização desta reportagem.
María foi uma das candidatas impedidas de disputar as eleições em janeiro deste ano. Na época, ela era a favorita nas pesquisas de intenção de voto.
No entanto, ela continua ativa e é uma das principais promotoras da campanha de Edmundo González, escolhido pela coalizão de partidos opositores a Maduro para disputar o pleito.
Sbt News
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