O ex-presidente Jair Bolsonaro buscou refúgio na embaixada da Hungria em Brasília entre 12 e 14 de fevereiro deste ano. O jornal norte-americano The New York Times obteve imagens de quatro câmeras de segurança da embaixada que mostram a chegada de Bolsonaro ao prédio e sua saída, dois dias depois.
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No dia 8 de fevereiro, quatro dias antes, a Polícia Federal havia deflagrado a operação Tempus Veritatis, que teve como alvos suspeitos de tramar um golpe de Estado no Brasil. A ação, que fez buscas e apreensão na casa de Bolsonaro, também confiscou os passaportes de Bolsonaro.
Relação com Orbán
A Hungria é governada pelo líder da extrema-direita Viktor Orbán, a quem Bolsonaro chegou a chamar de "irmão". As embaixadas são tidas como territórios dos países a que pertencem e estão fora dos limites das autoridades domésticas. Isso quer dizer que, se houvesse um mandado de prisão para o ex-presidente, ele não poderia ser cumprido caso Bolsonaro estivesse dentro do prédio.
No mesmo dia em que Bolsonaro foi alvo da PF, Orbán expressou solidariedade ao ex-presidente em sua conta nas redes:
Sbt News
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