As informações foram divulgadas pelo diretor do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) da Polícia Civil, Paulo Sérgio Mello, que ainda informou que o acidente aconteceu minutos após a segunda decolagem do helicóptero.
“O piloto com certeza saiu, voou um pouquinho, ficou tentando escapar das nuvens com intenção de voltar para São Paulo, e não prosseguir para Ilhabela, e não conseguiu, infelizmente", disse o diretor do Dope.
Em entrevista ao programa Poder Expresso do SBT News, o Comandante Hamilton explicou circunstâncias que podem levar a um acidente aéreo em situações atmosféricas ruins.
“Uma prévia do que a gente tem de informação, por exemplo, é o seguinte: o helicóptero estava voando, o piloto estava guardado, o helicóptero estava em descida e ele estava olhando para frente. Tudo indicava que o piloto estava olhando para frente, e a gente não percebe a direção da aeronave.
O nosso sentido precisa de referências [...] em um helicóptero quando o tempo está ruim, você enxerga tudo branco como se fosse uma cortina branca cobrindo, e não consegue ver nada, neste caso, de voo visual”, explicou.
Segundo Hamilton, o piloto deveria esperar o tempo melhorar após realizar o pouso de emergência. Ele explicou que antes de decolar, o piloto deve ter em mente um chamado “ponto de retorno”
“Se em determinado momento não dá para continuar o voo por causa de má condição atmosférica, ou problema na aeronave, você pousa ou retorna. Esse ponto de volta não houve nesse caso. Ele pousou, então ele deveria ficar lá”, disse o Comandante, que ainda relatou ter ocorrido um caso semelhante com ele. “Já aconteceu comigo algumas vezes. Eu fui fazer o programa Domingo Legal, estava vindo do Rio de Janeiro, peguei um tempo muito ruim do caminho do Rio pra São Paulo, tive que pousar em um sítio [...] fiquei aguardando lá, duas horas depois tive condições de decolar e vim para São Paulo. A aviação é o meio mais rápido para quem não tem pressa”, relatou Hamilton.
Sbt News
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