Na referida sessão, o vereador, identificado como Léo Mota (PDT-RS), sugeriu que animais de rua poderiam ser mortos. Segundo o Estadão, ele mencionou um acidente envolvendo um motociclista que desviou de um cachorro e argumentou que a cidade enfrentava problemas relacionados a animais soltos nas ruas, resultado das ações de "algumas pessoas irresponsáveis que colocam comida na rua" e formam "bandos" de cães.Durante seu discurso, Mota afirmou que, se um de seus cachorros entrasse na residência de outra pessoa, o animal poderia ser morto, e o vizinho que praticasse essa ação seria parabenizado por ele.Gente, quem quer ter um cachorro, tem que ter em casa, preso no pátio e amarrado. Eu, na casa da minha mãe, nós temos quatro. Se sair do pátio e incomodar o vizinho, pode matar e eu parabenizo quem matou. Tem que ser em casa”, afirmou Mota.
Suposto mal-entendido
Em uma entrevista ao Estadão, o vereador alegou que suas declarações foram mal interpretadas e que não se referiam a cachorros abandonados, mas sim a animais de estimação com tutores que são soltos nas ruas de Fazenda Vilanova. Segundo ele, esses cães invadem propriedades e atacam os moradores da cidade.
A minha fala foi dizendo: se um cachorro meu ir à propriedade do vizinho e matar os bichos do vizinho e o vizinho matar o meu cachorro, eu não vou ficar inimigo do vizinho por isso. Na realidade, quem tem a obrigação de cuidar do cachorro sou eu”, disse.
O vereador negou qualquer incentivo à violência contra animais e argumentou que seus críticos não compreendem a situação específica de Fazenda Vilanova. Ele defendeu que os cachorros com tutores devem permanecer em suas casas para evitar circular pelas ruas do município.
Denúncias
Em 31 de outubro, após a ampla repercussão da sessão na câmara municipal, os deputados federais Fred Costa (Republicanos-MG) e Delegado Bruno Lima (PP-SP) apresentaram um ofício ao Ministério Público do Rio Grande do Sul, denunciando a apologia ao crime de maus-tratos a animais por parte de Mota. Eles instaram as autoridades gaúchas a investigar as declarações do vereador e exigiram sua cassação.
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