O Hamas tem uma ideologia profundamente enraizada no islamismo radical e na resistência armada à ocupação israelense. Sua Carta de Fundação, de 1988, declara o Islã como sua principal referência ideológica e política e rejeita explicitamente qualquer reconhecimento de Israel. O grupo também é notório por sua oposição à Autoridade Palestina, liderada pela Organização para a Libertação da Palestina (OLP), vista como moderada em comparação com a postura mais radical do Hamas.
A ascensão do Hamas ao poder na Faixa de Gaza em 2007, após uma violenta disputa com a facção rival Fatah, liderada pela Autoridade Palestina e pelo presidente Mahmoud Abbas, levou a um cenário de divisão política entre a Faixa de Gaza e a Cisjordânia. Desde então, o Hamas tem exercido controle sobre a Faixa de Gaza, enquanto a Autoridade Palestina governa a Cisjordânia.
Uma das principais atividades do Hamas tem sido o lançamento de foguetes e morteiros contra Israel a partir da Faixa de Gaza, o que tem resultado em ciclos de violência frequentes com as Forças de Defesa de Israel (IDF). Israel considera o Hamas como uma organização terrorista devido a esses ataques e à sua recusa em reconhecer a existência de Israel. Em resposta aos ataques, Israel impôs um bloqueio à Faixa de Gaza, que tem tido um impacto significativo na economia e na vida cotidiana dos palestinos que vivem na região.
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