A Polícia Federal afirma quehá "fortes indícios" de que osR$ 51 milhões encontradosem um apartamento em Salvador pertencem ao ex-ministro Geddel Vieira Lima.A prisão de Geddel, efetuada nesta sexta (8), foi decretada na quinta (7) pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal.Segundo a decisão do juiz, a PF informou que "o dinheiro apreendido tem, certamente, origem ilícita, decorrente das atividades criminosas praticadas por Geddel Quadros Vieira Lima no comando da Vice-Presidência de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal e, possivelmente, de outras que porventura podem vir a ser descobertas".
No despacho, o juiz afirma que "esses novos fatos mostram que seriam atuais as condutas ilícitas praticadas por Geddel", "como a lavagem e ocultação de ativos, que podem ter sido praticados pelo primeiro por meiodos serviços dooperador financeiro Lúcio Funaro".Segundo o magistrado, Geddel "reitera na atividade delituosa de lavagem de capitais e outros delitos de forma sorrateira, em estado de permanência, pois os valores estavam ocultos em um apartamento cuja finalidade era exclusivamente para guardá-los".
Ele destaca que Funaro, réu na Operação Sépsis, afirmou em depoimento queGeddel recebeu R$ 20milhõesdesviados de empréstimos referentes a J&F, Marfrig e Bertin.Segundo a decisão do juiz, a PF encontrou no "bunker" uma fatura em nome de Marinalva Teixeira de Jesus,"pessoa detentora de vínculos empregatícios com o Lúcio Vieira Lima", irmão de Geddel e deputado federal pelo PMDB-BA.
O Ministério Público Federal também pediu a prisão do ex-ministro. O pedido diz que Marinalva é"empregada doméstica" de Lúcio VieiraLima. Os procuradores ainda afirmam que Geddel é um "criminoso em série, ou seja, criminoso habitual que faz de uma dada espécie de crime (neste caso, crimes financeiros e contra a Administração Pública) sua própria carreira profissional".
IMPRESSÕES DIGITAISO: relatório da PF confirma que "algunsfragmentos de impressões digitais"de Geddel e de Gustavo Ferraz foram identificados no dinheiro apreendido.Ferraz, apontado como homem ligado a Geddel, também foi preso. "Tendo sido, inclusive, indicado por ele para buscar, em 2012, valores ilícitos remetidos por Altair Alves, emissário de Eduardo Cunha", diz o despacho do juiz.
A PF argumentou que o decreto de prisão era necessário "para a garantia da ordem pública e para a aplicação da lei penal, pois os novos fatos descobertos ou seja, a manutenção desses valores em espécie em local totalmente desvinculado de documentação formal, com o intuito de ocultar recursos decorrentes das atividades ilícitas praticadas".
O juiz argumenta que houve"reiteração delitiva" do ex-ministro durante cumprimento de prisão domiciliar."No momento, são fortes os indícios do delito de lavagem de capitais, tudo apontando ao fato de que o requerido não cumpriu a decisão (de prisão domiciliar) na sua integralidade (em paralelo e desde antes de sua prisão), e de que esteja reiterando na conduta criminosa, sendo a hipótese de decretação de sua prisão preventiva, a fim de que seja sustada a continuidade delitiva", afirma.
Fonte:Folha de São Paulo.
POR:JSBLOGUEIRO.
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